REFLEXÃO INACIANA (PERTENCEMOS A UMA ORDEM RELIGIOSA MUITO INOVADORA)

Registro simples de reflexão feita no dia 29/07/2020; oitavo dia da novena de Santo Inácio, Comunidade Jesuita de Brasília, J. Ivo Follmann sj

Quatro princípios definidores:

DISCERNIMENTO – a Companhia nasceu a partir de um processo de Discernimento em Comum de um grupo de jovens idealistas liderados por Inácio de Loyola. (O discernimento apostólico é a chave da constante inovação).

DISPONIBILIDADE – um dos princípios orientadores definidores do trabalho apostólico da Companhia de Jesus é a permanente disponibilidade dos seus integrantes para assumir novos trabalhos onde quer que sejam chamados. Disponíveis para estar a serviço da missão, seja onde for…

DISCIPLINA – não é, no entanto, qualquer disciplina. A disciplina inaciana não é disciplina de mosteiro, mas é uma disciplina estratégica, focada na missão. Inácio de Loyola tinha uma cabeça tremendamente estratégica. (Não somos monges com regras disciplinares na vida cotidiana do “mosteiro”, mas devemos ser disciplinados em vista da missão. Cada jesuíta, ou cada grupo de jesuítas, organiza e disciplina a sua vida para a missão.)

DIVERSIDADE (lembrado a partir da narrativa histórica do Ir. Eudson, na fala que me precedeu) – tornou-se característica forte na Companhia, também, a grande diversidade de seus trabalhos e frentes de ação apostólica e engajamento de seus membros.

Três linhas definidoras de sua característica inovadora:

  1. CONVERSÃO – ruptura com o passado; não se deixar amarrado às lógicas e seguranças do passado (o exemplo pessoal do processo de conversão do Inácio de Loyola á a melhor expressão disto);
  2. BUSCA DA EXCELÊNCIA INOVADORA – isto sobretudo é marcante no campo das ciências, da pesquisa, da reflexão. Poderíamos identificar muitos nomes em diferentes áreas e frentes. Quero mencionar exemplos que sempre devem ser lembrados: Teillhard de Chardin (paleontologia; sua visão global do universo); Karl Rahner (teologia); Henrique de Lima Vaz (filosofia)…
  3. DIÁLOGO E CONSTRUÇÃO DE PONTES – ESTAR NAS FRONTEIRAS (sobretudo desde a CG 34… Em texto preparatório da CG 35, uma passagem dizia que todo jesuíta deveria conhecer a fundo uma religião, além da sua e que deveria estar envolvido/engajado, de forma militante, na defesa dos valores de alguma cultura que não é a sua.

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